No céu da F1...

- Ué, Gilles, que estranho você parado aí. você tá sempre arrumando um jeito de mostrar seu jeito louco de pilotar, quieto e sentado, como o Ayrton fica quando tem corrida de F1.

- Jeito louco de pilotar, Depa? Eu  não fico dando rasante de asa delta por aí.

- Não corro o risco de morrer de novo, então eu me esbaldo! hehehe... Mas me diga, qual o motivo da sua pausa?

- Meu filho vai dirigir uma das minhas Ferraris em homenagem a mim.

- Nem tinha reparado, hoje faz trinta anos que você...

- é.

- Vai ver se ele vai tratar com o carinho o carro? Espero que não porque você maltratava aquela Ferrari, meu amigo!

- É eu sei, mas o público sempre gostou. Tanto que até hoje sou lembrado.

- Eu também até hoje sou lembrado. afinal, nenhum piloto vivia com um cigarrinho na boca como eu. Até hoje eu fico de cigarrinho, ah que maravilha!

- É. Sabe eu gostaria de vê-lo na Ferrari. Ele seria muito mais querido, e talvez tivesse mais sorte na F1.

- Mas ele foi muito bem na Williams.

- Sim, Depa. Mas depois ele só tomou decisão errada.

- Puxou ao pai,né...

- Talvez. Mas ele é um bom garoto, veja como ele está guiando!

- Você guia melhor Gilles, muito melhor.

- Mas meu filho deu um título mundial, algo que sempre almejei e morri tentando.

- Talvez tenha sido essa função dele na F1. Dar algo que você mereceu mais do que nunca.

- E me deixar muito orgulhoso, que mesmo com um pai louco, ele foi uma grande pessoa.

- É verdade. Bem vou indo, amigo.

- Já? Fica aí  e vê o teste comigo!

- Prefiro dar um rasante na cabeça do ken Tyrrell de asa delta. Ele fica uma fera, nossa como é engraçado!

- Olha lá! Não segurou! Esse meu garoto nunca vai segurar aquela belezinha como eu segurava!


FIM


* Só minha pequena homenagem ao piloto que há 30 anos atrás, se foi. Gilles, o louco, o maior showman que a F1 já viu.