sábado, 9 de março de 2013

Williams 35 anos - Capítulo XIII


 Transições



Mesmo com o título de Rosberg, Frank Williams e Patrick Head sabiam que só evoluiriam com um motor Turbo. A Ford não tinha a intenção de fazer um motor turbo e eles começaram 82 procurando um fornecedor Turbo,já que eles sabiam que mais cedo ou mais tarde,que a Renault e Ferrari iam acertar seus motores e iam vencer tudo Sem contar que Porsche e BMW entravam na categoria.A equipe teve muitas negativas das empresas de motores.Head chegou a ir a Maranello pedir a Enzo Ferrari que ele Fornecesse motores turbo pra ele,que obviamente recusou.Sem alternativas aparente,eles resolveram repaginar o projeto da March 2-4-0,que falhou devido aos constantes problemas na caixa de velocidades. Para melhorar as coisas, a aerodinâmica tinha evoluído bastante de 1977 até aí, devido ao efeito-solo. Como o FW07 tinha sido bem construído nesse aspecto, pois o fluxo de ar era estritamente para os eixos, e o próprio carro tinha uma distância entre eixos grande, colocaram o eixo extra, e trabalharam a caixa para poder resolver os problemas que tinham acontecido no projeto anterior.


Alan Jones foi chamado pra testar o carro, batizado de FW08D six wheeler, em Paul Ricard,e ele simplesmente aniquilou os recordes da pista.Mas Jones queria mesmo se aposentar e foi substituído por Keke Rosberg, que testando em Donington abaixou muito o recorde da pista.O carro de seis rodas tinha sido aperfeiçoado e estava pronto pra ser usado em 83.Frank Williams tinha chamado seu amigo Jacques Laffite pra pilotá-lo,mas a FISA viu o risco que seria uma dominação de uma equipe apenas e proibiu o carro com dois eixos traseiros,sepultando as chances da Williams fazer um bom campeonato. E Essa proibição dura até hoje.


Mansour Ojjeh estava fascinado pelo o ambiente da F1 e queria entrar de vez no negócio.Como tinha um bom relacionamento com a Williams,propôs comprar uma parte da equipe.O que foi prontamente recusado por Frank.Ele e nem Head iam vender uma parte sequer da sua equipe. Ojjeh,então diante da recusa dos chefes da Williams, começou a flertar com outras equipes.Meses depois,o anúncio: Ojjeh compra uma parte da equipe McLaren e entra investindo em um projeto de um motor turbo Porsche para a equipe.A Parceria entre a Williams e os árabes seria desfeita ao final de 1983, ficando apenas o solitário patrocínio da Fly Saudia para 1984.


A Temporada de 83 como era de se esperar foi fraca.O FW08C era um bom carro,mas o motor Cosworth não era páreo para os Turbos da Renault,Ferrari e BMW(Brabham).Apenas uma vitória,em Monte Carlo, um segundo lugar em Detroit,  com Keke Rosberg. Uma desclassificação de Rosberg no Rio de Janeiro e a fraca participação de Laffite foram sentidos pela a equipe de Didcot,Com Rosberg terminando em quinto,no campeonato de pilotos e a Williams terminou em quarto nos construtores.Mas a grande movimentação da Williams foram nos bastidores.



Quando a equipe perdeu o apoio dos Arabes,eles foram buscar na Ásia seus novos parceiros.A Honda que disputou algumas provas nos anos 60,queria voltar a F1 como fornecedora de motores.E Voltou com um motor Turbo na pequena equipe Spirit, mas na verdade eles queriam entrar em um time de ponta.Logo os empresários da Honda se encontraram com Frank e Patrick e rapidamente acertaram que a equipe teria os motores Honda turbo,já em 1983 na última prova em Kyalami. Keke conseguiu um quinto lugar e isso buscou um sopro de esperança de uma temporada melhor no ano que vem.


E também em 1983,um jovem piloto brasileiro fazia testes pra algumas equipes da F1 como a McLaren,a Brabham,mas a primeira equipe na qual ele testou foi a Williams.Seu nome?Ayrton Senna.Senna foi convidado para testar o Williams FW08C.O chefe dos mecânicos, Alan Challis, decidiu não esperar Frank Williams e pediu que Ayrton entrasse no cockpit para receber as instruções sobre os comandos e os botões do painel. Não houve tempo para os ajustes do banco de Keke Rosberg às dimensões de Senna. Ele não teria, portanto, uma posição confortável para guiar. Os pneus não foram de classificação, mais velozes. E havia ainda uma pequena imperfeição com os freios.Mesmo com todos esses problemas,com dez voltas, Ayrton já tinha igualado a melhor marca mais recente do mesmo carro, duas semanas antes, nas mãos do piloto oficial de testes da equipe, Jonathan Palmer. O próprio Frank Williams anotava os tempos na planilha de cronometragem. Frank tinha preparado um plano de adaptação de Ayrton, mas desistiu, espantado: "Sua adaptação foi imediata. Simplesmente impressionante!” Foram 83 voltas, ao fim das quais Senna, com o tempo de 1m0s9,baixou em quatro décimos o recorde da pista para carros equipados com motores aspirados, um pouco mais lentos que os de motores turbo, dominantes naquela temporada. Frank Williams guardou para o resto da vida aquelas planilhas de cronometragem.

3 comentários:

oliver disse...

Parabéns, Marcos.

Consegui postar.

hahahaha


Pena que, quanto ao Senna, este namoro não terminou bem.

Marcelonso disse...

Grande Marcão!

Isso sim que é fã,Tio Frank deve estar orgulhoso!

Parabéns pela dedicação e conteúdo.

abraço

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