segunda-feira, 13 de maio de 2013

Há um ano atrás...




Alguns dias passam sem que a gente sequer se lembre o que jantou nesse dia. Tem outros que você sabe exatamente, todos os gestos que fez e os sentimentos que nos fizeram felizes. Hoje, 13 de Maio é esse dia. Lembro bem o que pensava antes da corrida, que a Williams tinha uma pole, mas provavelmente seria como em Interlagos 2010, todo mundo passaria na primeira volta. Maldonado era o pole com 1:22:285(isso eu não lembro claro!) graças ao Hamilton ter dado aquela jogadinha marota de fazer o melhor tempo com umas gotas de combustível... Mas Maldonado largava em primeiro. A Williams tinha feito boas corridas em 2012, mas uma pole era um feito e tanto. Quando só o Alonso passou na largada, até pensei, até que não estava tão ruim. Mas sabe quando a gente alguma sensação de era a hora de dar fim ao um jejum de quase 8 anos? Eu não senti isso naquela hora.

Eu só comecei a sentir essa sensação quando a Williams, conhecida por mim, por uma grande cagadora de estratégia, acertou ao antecipar a parada de Maldonado, que neste dia, estava correndo maravilhosamente bem, sempre perto do Alonso e fez o necessário para se manter a frente na sua parada. Agora sim vi algo diferente na Williams. As coisas estavam começando a dar certo. Opa.

Depois da boa jogada da Williams, veio o martírio. Sim, a última janela de pits stops. A Ferrari de Alonso com pneus novos era mais rápida do que a Williams de Maldonado. E Alonso tinha a vantagem de ter um pneu duas voltas mais novo. Então, era a hora da tortura. O gostinho de uma possível vitória ficava ameaçado por um Espanhol com sangue no zóio querendo vencer em casa.  E aí como vai ser, com o alonso tirando a cada volta, aparecendo cada vez mais perto do Maldonado? Ia ser TENSO. E foi, eu já chorava por antecedência por ter tido o gosto da vitória e o estava perdendo, mesmo com o El Fodón relativamente longe. Era foda, foram momentos torturantes ver as tentativas de ultrapassagem do Alonso a Maldonado. Pensava em todas as hipóteses negativas que podiam acontecer naquele momento, não tinha variável positiva, a Williams sempre se fuderia lindamente no final.


Depois de diversas investidas e diversas lágrimas saídas dos olhos do blogueiro que vos fala(Chorão!). Não me lembro quantas voltas isso durou, isso pareceu longevo do que o jejum de vitórias da Williams, mas quando Alonso diminuiu o ritmo, eu não acreditei. Não é que daria certo hoje? Mas demorou, acho que foram 6 voltas ou 5, vai saber, mas aquilo durou horas. E eu, escaldado por tantos azares, pensava que tudo podia acontecer ainda: um pneu estourar, um motor quebrar, o Kimi Raikkonen passar Alonso e o Maldonado, Um desempregado espanhol invadindo a pista, enfim, tudo podia acontecer para que aquele momento que eu tanto esperava e quase não tinha esperança de que ele aconteceria, acontecesse.


A última volta, lá estava eu chorando de novo, com os dedos cruzados, pedindo para todas as entidadaes divinas que eu conhecia para que essa vitória acontecesse. Tantos que foram que não sabia quem agradecer exatamente por Maldonado ter sido o primeiro a ter cruzado a linha de chegada. Talvez eu nunca saiba verbalizar o que eu senti naquela hora. Eu soltei um grito sufocado, um grito que nos tempos da Williams vitoriosa nem me dava ao trabalho de dar, Mas ele precisava ser dado, por tantos GPs sem vitória, uma ladeira sendo descida, e outros desdenhando cada vez mais de um sucesso da equipe, aquilo era um grito de esperança.  A WILLIAMS VENCEU, PORRA!


Qause não me caiu a ficha dessa vitória, e eu chorava mais do que minha tia em final de novela.Era o sabor da vitória que eu sentia de novo. Pode ser uma babaquice para muitos que veem seus pilotos e equipes vencendo regularmente, mas para mim não, em uma linguagem simplista foi foda para caralho. E se você não sabe o que uma vitória de algo que você gosta muito significa, só posso lamentar por você. E se você também não acha que esse foi um dos pódios mais legais da F1 nos últimos anos, também só lamento por você. Trouxa.



Sei que foi uma vitória pontual, e com poucos altos e muitos baixos, a temporada da Williams em 2012 não 
foi como se esperava depois da vitória, mas mesmo assim, foi a melhor temporada da equipe desde 2006. Hoje, gostaria de ter mais alegria em postar isso, mas não consigo disfarçar minha tristeza pela Williams estar próxima do carro de 2011 ao invés do carro de 2012. Mas aprendi que a gente não pode desistir, um dia a nossa hora chega, um dia nosso ano chega e aí não vai ter quem nos pare. Eu acredito e enquanto tiver Williams na F1, eu acreditarei.

GO WILLIAMS GO! SEMPRE!



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