Williams 35 anos - Capítulo XX
Adrian Newey entrava pro o time de Didcot. Newey era um dos mais promissores engenheiros da F1 e sua contratação foi muito comemorada pelo o Staff da Williams.Ele tinha feito um ótimo trabalho com a March,tanto que Ivan Capelli quase venceu uma corrida em Paul Ricard em 90,fora os pódios que ele conseguira pela equipe.Mas a carreira de Newey na F1 começou antes,em 1981, na Fittipaldi. Em 1982,se mudou pra March onde desenhou os carros da equipe na F2. Em 1983 migrou para F-Indy pra projetar os carros de 1984.O carro desenhado por ele e dirigido por Tom Sneva venceu 7 das 16 corridas da temporada. No ano seguinte, Al Unser venceu o título de 1985 e Bobby Rahal,o de 1986.A March tinha a intenção de voltar à F1 e o chamou pra ser o projetista principal do carro.Depois d eum bom trabalho na March Leyton House, ele estava na Williams para fazer o carro de 91 com Patrick Head.
Boutsen e Patrese tinham os contratos se encerrando no final de 1990. Muitos queriam saber se eles teriam os contratos renovados ou não.Boutsen era rápido,mas não o suficiente pra disputar títulos e não rendeu o que se esperava. Patrese também não era tão rápido, mas suas impressões sobre o carro agradavam muito Patrick Head.O belga iria embora no final do ano.Frank Williams não tinha encontrado a fibra de campeão nele. Então Frank buscou o destaque na Tyrrell na temporada, Jean Alesi. Era um piloto jovem e não precisaria muito dinheiro pra chamá-lo. Alesi chegou a visitar a fábrica pra tirar as medidas do seu banco,mas uma proposta da Ferrari de última hora o fez brilhar os olhos. Filhos de Sicilianos, Alesi sempre sonhou em dirigir pra cavalinho rampante.E mesmo recebendo menos, e com a perspectiva de ser segundo piloto de Alain Prost, Alesi aceitou o desafio pra realizar seu sonho de infância.
Mas a vaga da Ferrari não foi aberta à toa.Nigel Mansell tinha falado que iria se aposentar no final da temporada de 1990,ele estava cansado de disputas com companheiros de equipe como Piquet e Prost, que eram desestabilizadores de ambiente. A Inglaterra estava triste,pois Mansell tinha alcançado o recorde de vitórias de Stirling Moss. E todos ainda torciam pelo o leão,graças a narração entusiasmada de Murray Walker. Frank Williams precisava de um piloto de ponta guiar seu projeto,um piloto que tivesse a fibra de campeão. Por mais estabanado que fosse,Mansell tinha essa fibra. Frank Williams,com a ajuda da Renault, pela primeira vez abriu o cofre pra fazer Mansell desistir da ideia. E Conseguiu, Nigel Mansell assinou novamente pela a Williams e pode usar novamente seu mítico Red Five. Patrese renovou o contrato até o final de 1992.Adrian Newey junto com Patrick Head construiram o FW14 e a equipe estava formada pra tentar bater a McLaren de Senna.
Na estréia em Phoenix, Mansell e Patrese abandonaram por problemas de câmbio.Em Interlagos, na mítica corrida que Senna terminou a corrida apenas com a sexta marcha, Patrese foi o segundo colocado e Mansell abandonou novamente. Em Ímola, mais um abandono duplo: Mansell bateu na largada e Patrese teve problemas no motor. Em Monte Carlo, Mansell consegue um segundo lugar e Patrese abandona em um acidente. O sinal de alerta estava ligado,pois enquanto Patrese e Mansell juntos tinham feito apenas 12 pontos, Ayrton Senna sozinho fez 40. Em Montreal,o que seria uma vitória fácil de Mansell, acaba se tornando uma tragédia. Mansell,em uma pane mental, baixou tanto o ritmo do seu FW14 que o carro sofreu uma pane elétrica,dando uma vitória de Lambuja pra Nélson Piquet na última volta, o seu maior desafeto que declarou que quando viu Mansell parado na última volta "quase tive um orgasmo". Porém, há quem diga que Mansell, enquanto acenava para o público canadense, desligou o carro sem querer...Patrese conseguiu um terceiro lugar.
No México, depois de um esporro homérico em Mansell, finalmente a equipe Williams mostrou sua superioridade tão falada pela imprensa inglesa. Seu FW14 finalmente demonstrou ser mais rápido que o MP4/16. Patrese e Mansell fizeram a dobradinha. Mas a vantagem de Senna no campeonato era muito confortável,embora faltasse 10 corridas ainda. Mansell venceu novamente na estréia do Circuito de Magny Cours. Patrese terminou em quinto. Em Silverstone,mais uma vitória de Mansell e com o quarto lugar de Senna, a diferença cai pra 18 pontos. Patrese bateu em Berger na largada. Metade do campeonato já tinha se passado e a disputa iria ser entre Mansell e Senna. Mansell teria que correr atrás do prejuizo que teve no início do campeonato.
Em Hockenheim, mais uma dobradinha da Williams com Mansell-Patrese. Senna não pontua e a diferença cai pra 8 pontos. Na Hungria, Senna vence acompanhado de Mansell e Patrese e consegue aumentar a diferença pra 12 pontos. Nos Construtores,a disputa estava emocionante,a McLaren estava apenas dois pontos a frente da Williams. Em Spa Francorchamps, Patrese ficou em quinto,e Mansell abandonou. Senna venceu e pôs 22 pontos de vantagem pra Mansell, faltando cinco etapas para o fim. Mansell vence em Monza acompanhado de Senna e a diferença cai pra 18 pontos.Patrese abandona. Nos construtores, Mclaren estava com 15 pontos de vantagem. Em Estoril, Patrese vence e Mansell abandona por causa de um pitstop atrapalhado da Williams que transformou o carro num triciclo, com Mansell chorando desesperado no cockpit. Os mecânicos terminaram a troca fora da área reservada (o que era irregular) e o inglês saiu desesperado dos boxes, recuperou uma volta, mas acabou desqualificado. Senna fica em segundo e a diferença sobe pra 24 pontos. Faltando três etapas, Senna podia ser campeão antecipado em Barcelona, circuito que estreava na temporada.
Em Barcelona, Mansell então faz uma corrida irretocável,com direito uma histórica disputa roda a roda com Senna,onde o Inglês freia por último na longa reta do circuito, passando Senna . Patrese fica em terceiro e Senna fica em quinto. A diferença ia para 16 pontos. A situação era difícil pra Mansell,pois ele tinha sido muito irregular durante a temporada. Mas ele ainda acreditava e tinha em Patrese o escudeiro ideal. Nos contrutores,a diferença era apenas de 1 ponto (117X116). Em Suzuka, em uma corrida nervosa e tensa,onde Nigel Mansell fazia uma perseguição feroz a Ayrton Senna.Mas Mansell acaba abandonando na volta 10. A Williams relatou problemas nos freios;Mas muitos dizem que foi mais um erro pra coleção do "leão". Senna entrega a primeira posição pra Berger e se consolida como tricampeão mundial. Patrese fica em terceiro e a McLaren abre 11 pontos na frente,faltando uma etapa.Em Adelaide,um dilúvio só proporciona uma corrida com 14 voltas. Mansell fica em segundo e Patrese em quinto.
Mansell termina no vicecampeonato;Patrese em terceiro.o saldo do campeonato: sete vitórias,seis poles e oito voltas rápidas e o vicecampeonato de construtores.Mas o vice campeonato nunca agradaria Frank Williams e Patrick Head.E eles tinham uma carta na manga pra mudar isso.No ano que vem a suspensão ativa,tão testada pelo o piloto de testes Damon Hill, seria usada.
5 comentários:
Se não tivesse começado a temporada tão mal a Williams ia tirar o sono do Senna no fim do ano.
Se bem que o massacre em 1992 compensou tudo isso.
Grande Marcão,
É meu chapa,tempos áureos quando sua escuderia do coração lutava bravamente pelo caneco.
grande abraço
Boooooooooa Marcão!!!
Grande Marcão msm, mandou como sempre mto bem, parabéns.
o gp da espanha na minha humilde opnião foi um marco na carreira de Mansell, ali ele igualou seu nivel de pilotagem ao de senna...foi uma corrida de muita fibra e raça....pra descer aquela reta roda-a-roda com Senna tem que ter muitas bolas amigo!
Apesa de manter uma boa margem, Senna sempre temeu a ameaça de Mansell por toda temporada, basta observar a estratagema que ele utilizou no GP do Japão (ficar segurando Mansell)...a mesma
que ele jah havia tentado sem sucesso em Montemeló.
Otimo texto, parabens
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