segunda-feira, 8 de agosto de 2011

#Mansellday - Formula 1


Em 1980, como piloto de testes da equipe inglesa impressionou o circo, inclusive batendo o recorde da pista de Silverstone o que lhe rendeu a oportunidade de disputar três provas no fim da temporada de 1980. Claro que sua primeira corrida não poderia ser fácil… Um vazamento de gasolina surgiu no inicío da prova deixando queimaduras de segundo e terceiro grau nas partes íntimas do Leão(ui!).

O primeiro piloto da equipe, Mário Andretti, deixou a Lótus no fim do ano, o lugar de Mansell não estava garantido, entretanto. Um dos patrocinadores da equipe queria o experiente Jean Pierre Jarier no cockpit, mas Colin Chapman bateu o pé e confirmou o britânico para 1981.Essa acabou sendo a última aposta de Chapaman, que faleceu em 1982.

 As quatro temporadas seguintes seriam de muito esforço e pouco retorno, além de muitos corações partidos para ambos os lados, equipe e piloto. Em duas oportunidades o ímpeto de Mansell levou-o a cometer excessos em provas que tinha chance de vitórias, principalmente no famoso GP de Mônaco, em 1984, onde tinha uma liderança folgada e cometeu um erro que terminou sua corrida. Ao mesmo tempo, uma infinidade de falhas mecânicas tirou diversas chances do inglês somar pontos e pódios no campeonato.

Depois da morte de Chapman, o clima com a Lótus esfriou e em 1985 Mansell ingressou na Williams. Quando foi anunciado como piloto da Williams, chefe da equipe McLaren, Ron Dennis, mostrou uma "coleção" de rodadas e acidentes de Mansell, e perguntou a Frank Williams em voz alta: "Isso é o seu piloto de ponta?" dando sonoras gargalhadas em seguida. A equipe Williams acabou snedo o local  onde Mansell passaria a maior parte da carreira, com idas e vindas. Foi na Williams que criou a mística em seu nome em seu número 5 vermelho, que se tornou dessa cor por causa da semelhança com o o capacete de Keke Rosberg, seu companheiro de equipe na época.. Foi com Frank que conquistou sua primeira vitória, num emocionante Grande Prêmio de Brands Hatch de 1985, na frente de seu público.

Em 1986 lutou bravamente pelo campeonato, e com seu companheiro de equipe Nélson Piquet. O Acidente de Frank Williams que o deixou tetraplégico acabou deixando na Mão de Patrick Head decidir como gerir a equipe, ele optou em dar prioridade a Mansell.Com corridas e ultrapassagens memoráveis, mas sofrendo uma terrível decepção na última prova da temporada, Favorito ao título, líder na tabela, o destino foi cruel com o Leão, que apenas levava o carro até o fim da prova de Adelaide, na Austrália, quando sofreu um violento estouro no pneu traseiro direito, no meio da reta oposta. Em alta velocidade, a suspensão se desintegrou e o inglês precisou de toda a sua habilidade para segurar o carro na pista, seu título estava acabado, amargou a conquista de Alain Prost, que também teve um furo, só que com a velha sorte do “Professor” uns poucos metros antes do pit.

No ano seguinte, com uma disputa que foi limpa até o seu final, Mansell seria derrotado psicologicamente pelo companheiro de equipe Nelson Piquet, acumulando um novo vice-campeonato, mas vencendo mais corridas que o rival. Ainda sofrendo um forte acidente no GP do Japão, que decidiu o campeonato a favor do brasileiro.

1988 foi um ano perdido, com a Williams perdendo os motores Honda para a Mclaren, e optando por uma motor Judd aspirado, muito mais fraco que os turbo. Ainda assim, foi combativo toda a temporada, registrando um pódio, mas completando apenas 2 provas no campeonato. Para piorar o ano, contraiu sarampo no final da temporada, mas um contrato com aFerrari, combinando os tons de vermelho, surgiu como novo estímulo para 1989…

Os italianos viam em Mansell um quê de Gilles Villeneuve, pelo seu esitlo arrojado e louco às vezes. Foi dado o místico número 27, e Mansell seria o cara que devolveria  a equipe italiana seus tempos de glória.O início do campeonato foi perfeito. Estreando o sistema de marchas semi-automáticas, o Leão venceu o GP de Jacarepagua, mas pelo resto da temporada a novidade se recusou a funcionar. Transformou-se num pesadelo, com uma infinidade de abandonos para ele e o companheiro, Gehard Berger. Ainda assim, no GP da Húngria, nos brindou com mais uma ultrapassagem memorável, aproveitando-se da bobeada de Senna ao dar uma voltada em um retardatário, e levou a corrida, tendo largado da décima segundaposição!! Quem disse que não dá para passar em Hungaroring?

Em 1990 foi prejudicado durante todo o ano em favor de Alain Prost. A telemetria do seu carro era passada abertamente para os engenheiros do francês e esses não trocavam qualquer informação com o britânico. Chegou a declarar a sua aposentadoria, mas a promessa de um carro campeão e alguns milhões de Frank Williams fizeram reviver o espírito do Leão. Como se fosse para comemorar, nos deliciou com uma ultrapassagem “impossível”, na curva Peraltada, no GP do México, por fora em cima do ex-companheiro Gehard Berger.


Apesar dos testes positivos na pré-temporada, o ano não começou muito bom para Nigel. Três abandonos nas quatro primeiras corridas e ainda a vitória no Canadá colocada no lixo devido a uma pane elétrica e mental do inglês, que baixou muito o ritmo na última volta, fazendo o carro desligar, em um mico histórico.

Mas a partir daí a equipe se acertou e Mansell acumulou vitórias diminuindo corrida a corrida a diferença para Ayrton Senna. O marco da virada foi a corrida de Barcelona, onde, na chuva, percorreu toda a reta principal a centímetros das rodas do brasileiro, ganhando a liderança na freada. Mas novamente o destino foi cruel com o Leão. No GP de Portugal um pitstop atrapalhado da Williams transformou o carro num triciclo, com Mansell chorando desesperado no cockpit. Os mecânicos terminaram a troca fora da área reservada (no braço), e o inglês saiu rasgando dos boxes, recuperou uma volta de 10 posições, em 20 voltas, foi desqualificado, no entanto.


Frank Williams cumpriu sua promessa, porém. Em 1992 Mansell não tinha apenas um carro campeão. À sua disposição estava o único carro que poderia ser campeão. Dotado de uma tecnologia embarcada nunca vista na categoria, o FW14 dizimou a concorrência durante o ano. É injusto, entretanto, dedicar apenas ao carro o campeonato do Leão. Mansell também destruiu seu companheiro de equipe Riccardo Patrese, abrindo largas distâncias nas provas e sendo campeão já na Hungria, chegando em segundo lugar, atrás de Senna. Finalmente um título, e a confissão do rival brasileiro: “É bom né Nigel? Agora você sabe porque eu sou tão FDP na pista."

Sem contrato para 1993, não querendo repetir a triste parceria com Prost, foi para a Fórmula Indy, onde não precisou lutar tanto quanto na F1 para vencer. Campeão no ano de estréia e único detentor de ambos os títulos, da F1 e Indycar no mesmo período. Em 1994 voltou para as quatro últimas provas do ano, começando devagar, um pouco fora de forma, na França, mas ganhando na última corrida, em Adelaide, a última da carreira e o legítimo último rugido de um leão na F1. Duas provas pela Mclaren em 1995, num carro difícil e cercado de críticas e brigas com Ron Dennis não deviam nem constar no currículo do mais bem sucedido piloto inglês da História.



O “Red Five” foi o último de uma geração. O fechamento da Era dos Grandes Campeões da F1.

Fonte:  http://downforcef1.wordpress.com/especial-nigel-mansell/

1 comentários:

speed.king.thrasher disse...

"O “Red Five” foi o último de uma geração. O fechamento da Era dos Grandes Campeões da F1." - Assino embaixo!

Uma pena eu não ter vivido pra ver o Mansell ao vivo. Um daqueles caras que marcam a categoria e fazem se ter prazer de assistir corridas.

Cara, só duas correçõezinhas. O Mansell estourou o pneu na Austrália na reta oposta de Adelaide, ´n na dos pits. E o Red Five (sem o Red Five, rsrs) largou em 12º na Hungria em 1989.

É isso! Quero mais! Quero mais!!!!!!

Bom trabalho, Abs!

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