sexta-feira, 18 de novembro de 2011

F1 e Estados Unidos: um caso de (des)amor


A F1 e os Estados Unidos parecem água e óleo. Mas vivem tentando se aproximar. A F1 se aproxima por causa do mercado americano, povo que ama velocidade, os americanos se aproximam pois a F1 é a maior categoria automobilística do mundo, mas sempre acontece alguma coisa para o negócio não dar certo. E na maioria das vezes quem acaba roendo a corda é o pessoal do Tio Sam. Esse lance de Austin, digamos que foi meio a meio, não tinha nenhum contrato assinado, e Austin resolveu não gastar mais dinheiro, até porque, apareceu Nova Jersey, sonho antiiigo de Bernie e sabe como é amor antigo, quando volta derruba tudo que vem pela frente. Mas vamos lembrar de outras incursões americanas tão mal sucedidas como as minhas tentativas de arrumar uma namorada ( até porque blogueiro não pega ninguém, mas isso não vem ao caso. =P). Vamos dividir os fracassos americanos por partes:

Pilotos

Michael Andretti - Já citei aqui no blog inclusive, que o filho do Mário Andretti veio pra F1 como um contra ataque a ida de Mansell a F-Indy na época. Sem contar da bela grana que a K-Mart estava investindo para o rapaz. E naquela Mclaren de pires na mão, o dinheiro dele vinha muito a calhar. E ele era um Andretti, Mario foi pra F1 e foi campeão do mundo,foi considerado um dos grandes pilotos da categoria na década de  70, esperava-se no mínimo uma atuação convincente de Michael,que tinha um currículo respeitável nos EUA, que não aconteceu. Seus inúmeros acidentes e sua displicência em não se mudar para Europa pra ficar mais próximo da equipe o fizeram ter uma temporada pavorosa e foi limado da temporada de 1993 voltando com o rabinho entre as pernas para o atumobilismo americano. E Mansell era campeão da F-Indy no mesmo ano.
é uma miniatura. perfeita,não?


Scott Speed - Sempre foi Um sonho de Bernie, um piloto americano brilhando na categoria e ele abocanhando aquele mercado com todo aquele dinheiro. Quem não se lembra do Galvão dizendo em cada corrida que Speed aparecia: "Era tudo que o Bernie queria, ele é americano e seu sobrenome é speed, velcoidade em inglês". Era uma boa aposta,  um piloto americano,mas com formação nas categorias de base européias. podia dar certo. Não deu. Em 28 corridas, ele não fez nada de bom. Seu feito mais lendário na F1 foi ter caido na porrada com o seu chefe, Franz Tost. É claro que isso fez as portas da F1 serem trancadas para o americano...


Equipes

Haas - Carl Haas era um dos caras do momento nos Estados Unidos. tinha uma equipe de sucesso na IndtCar com Paul Newman e com apoio da Ford, que estava com um motor turbo que seria usado em 1986(o ano de estreia deles foi com um motor Hart) e da Lola, resolveu ingressar na F1. E montou um time de respeito: Teddy Meyer e Tyler Alexander, que trabalhavam na McLaren nos anos 70 e como projetistas um trio com Neil Oatley, Jonh Baldwin e um jovem Ross Brawn.Como piloto, tiraram da aposentadoria o campeão mundial Alan Jones. Equipe com grana e bons nomes, com tudo para dar certo, né? NÃO! Na estreia na Itália, Jones não durou seis voltas, graças ao motor.No gp da europa, ele durou 13 voltas; no Gp da Australia, jones passeou por 20 voltas. Haas achou que em 1986 ia ser melhor, Tambay foi retirado da aposentadoria da F1 e foi fazer dupla com Jones. Os abandonos continuavam Para não dizer que a equipes não teve nenhum bom momento na Austria Jones ficou em quarto e Tambay em quinto. Quando a Haas caminhava para mais uma temporada, o patrocinador principal dá pra trás e Hass fica sem eira nem beira e vende o espólio da equipe a Bernie Ecclestone, que revende a March.Meyer e Alexander vão para Penske, jones e Tambay voltam a descansar e só 24 anos depois outra equipe americana arrisca a aparecer na F1.




USF1 - Em 2009, Peter Windsor e Ken Anderson deram entrevistas na Speed Channel e fizeram garbosas apresentações sobre a volta de uma equipe genuinamente amerciana, que teria pilotos americanos honrando a bandeira americana pelo mundo.Tudo bem patriótico, feito para os americanos terem algum time para torcer e assim assistir mais as corridas de F1. Estava tudo armado, nomes foram articulados, pensaram em tirar a Danica Patrick da Indy, ressuscitaram o Scott Speed, para começar na temporada 2010 voando baixo!O Cenário era promissor,  mas aí as peças demoravam a ficar prontas, os patrocinadores não vinham,só o co-fundador do youtube caiu nessa, e ai sobrou vender uma vaga para o Argentino José Maria Lopéz., que coitado, mal sabia do calvario que estava por vir. Dizem as más linguas que James Rossiter seria anunciado também, mas escapou de boa, porque o time nunca saiu do papel e fez uma vergonha tremenda com o nome dos americanos.


Pistas

Las Vegas Caesar Park - Já imaginou a F1 correndo no estacionamento? doido,né? Isso nunca aconteceria em uma categoria séria que...OH WAIT! Quem disse que a F1 é séria e criteriosa? Ela nunca foi tanto é que não ligou em decidir seu campeonato de F1 em uma pista improvisada em um estacionamento em Las Vegas!Tudo pela grana dos americanos! Um traçado escroto, uma pista suja e mesmo assim tivemos corrida lá por dois anos e tivemos dois títulos decididos lá!E você reclamando de Abu Dhabi ter decidido o título em 2010! É considerado um dos piores traçados que a F1 já correu, claro isso antes dos tilkódromos depois disso a F1 desistiu e resolveu migrar para um lugar melhor e mais aprazível em 1984...

Dallas - A F1 sempre planejou muito em as datas de suas corridas e resolveu o GP de Dallas, no dia 8 de julho, em pleno verão norte americano, em um lugar quase semi árido. o que aconteceu? uma maratona brutal pra completar a corrida,temperatura ambiente era de 40 graus,( imagine na pista) sem contar com o asfalto derretendo por causa do calor! Imagina correr nessas condições? loucura! Mansell ali fez sua cena clássica do desmaio tentando empurrar a lotus. ele esqueceu de soltar o freio de mão, senão iria mais fácil... =P E a F1 nunca mais voltou a correr lá, para a felicidade geral da nação de pilotos que se desidrataram absurdamente nessa corrida.


Espero que todos tenham gostado dessa coletânea qu emostra que F1 e os Estados Unidos podem sim se entender, só precisam fazer a coisa sem inventar muito e fazer um projeto sério e dedicado. Sem achismos e coisas do tipo "Faz aí que depois eu assino a bagaça". Isso também vale pra arrumar uma namorada(o). =P

4 comentários:

TW disse...

Marcos,

Mario foi uma das grandes decepções que passaram pela F1. E, assim como Montoya, seu fraco desempenho e seu comportamento, não o permitiram continuar.

A USF1 prometeu mundos e fundos, mas se quer tinha um carro. Provaram do próprio veneno.

O problema de F1 e EUA não é de hoje, como você expôs bem. Mas espero que um dia possam se acertar. seria bom ver a categoria de novo correndo em solo estadunidense. E pensar que o país já teve dois campeões mundiais da categoria.

abs

Renan disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ron Groo disse...

O país tem um monte de pista boa e só abrigou corridas de F1 em bombas...
Até o misto de Indianapolis é um lixo, dá a impressão que o carro está sempre lento.

Renan disse...

Marcão,

Se quiser acrescentar, aqui tem mais vexames da história dos EUA na F1:

Pistas: Phoenix. Tirando aquele duelo entre Senna e Alesi, o resultado foi um fiasco. Temperaturas próximas dos 40 graus, traçado pouco desafiador e 13 das 15 curvas do circuito eram cotovelos.

Indianapolis: apesar da pista não ser tão entendiante, teve dois acidentes feios do Ralf Schumacher e um do Nick Heidfeld (saiu capotando na largada), Michael Schumacher deixando Rubinho ganhar (para compensar o episódio da Áustria)e o famoso escândalo dos pneus Michelin, que implicou na largada de apenas 6 carros.



Você citou o Mansell e encontrei uma corrida histórica dele em 2005, na qual há um grande duelo com Emerson Fittipaldi.

http://funnyformula1.blogspot.com/2011/11/videos-o-ultimo-duelo-entre-emerson.html

Abraço!

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