quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Williams 35 -Capítulo III


De volta aos chassis comprados.


Frank Williams tentava juntar os cacos. Endividado, sem seu grande piloto e amigo, e ele sabia que Alessandro de Tomaso mais cedo ou mais tarde o pressionaria por bons resultados. Frank procurava um bom piloto pra substituir o lugar de Courage, mas não havia muitas opções boas e baratas no mercado. E em Brands Hatch, Brian Redman, que tinha dirigido com a equipe em Kyalami, foi chamado. Acabou nem largando, por problemas mecânicos. Em Hockenheim, Redman nem se classificou. O carro que estava evoluindo nas mãos de Courage decaía nas mãos de Redman, deixando Frank Williams preocupado sobre o futuro do seu contrato com de Tomaso. Redman foi dispensado e pra seu lugar, o australiano Tim Schenken, campeão da F3 em 1968, que estreou em Zeltweg. Abandonou na vigésima quinta volta com problemas no motor. Em Monza, corrida que vitimou Jochen Rindt, Schenken abandonou na décima sétima volta, novamente por problemas no motor. Em Mont Tremblant, Schenken abandonou a poucas voltas do final. O carro tinha evoluido novamente, mas muito pouco pra disputar pontos. E o dinheiro investido era bom, os resultados tinham que aparecer. Em Watkins Glen mais um abandono, e Frank Williams e Alessandro de Tomaso rompem o contrato e nem vão pra Cidade do México, a temporada de 1970 acabou de uma maneira melancólica. O retrato muito diferente do ano anterior, onde a esperança reinava na Frank Williams Racing Cars.


Em 1971, Frank Williams tem que começar seu sonho novamente do zero. Ter uma equipe vencedora na F1 era possível, e ele não iria desistir tão facilmente. Frank compra um March 711, consegue alguns patrocínios e dá o carro ao piloto francês Henri Pescarolo, ex-piloto da equipe Matra. Em Kyalami, um 11º lugar. A alegria foi ter completado uma corrida, coisa que não a equipe Williams não fazia há tempos. Em Montjuich Park, um abandono e Mônaco, um oitavo lugar. Em Zandvoort, um ano depois da tragédia com Courage, Pescarolo consegue um 13º lugar. Um abandono em Paul Ricard, e a grande corrida de Pescarolo pela Williams, acontece em Silverstone. Pescarolo consegue um quarto lugar muito comemorado pela equipe, em uma disputa acirrada com Rolf Stommelen. A equipe Williams não via um bom resultado desde Watkins Glen 1969. Era o sinal que faltava pra Frank Williams ver que estava no caminho certo, ele só precisava de um patrocinador forte, pois em breve sua grana acabaria.



Novamente um abandono em Nurburgring, mas em Zeltweg um sexto lugar garante mais um ponto pra equipe. Em Monza, Pescarolo abandonou, mas ele conseguiu um grande feito pra Equipe: A primeira volta rápida da história da equipe, e do próprio Pescarolo com o March 711. A corrida de Monza em 1971 foi por muito tempo a prova com a velocidade média mais rápida da história da F1. Mais dois abandonos, em Mosport e em Watkins Glen, encerram o ano da equipe Williams. Quatro pontos, 17º lugar pra Pescarolo no campeonato de pilotos e um 11º pra Williams nos construtores. Pelo o aperto que a equipe passou nessa temporada, quatro pontos e uma volta rápida foi um lucro altíssimo, tanto que Frank Williams se permitiu a alcançar vôos um pouco mais altos como o início do seu projeto de carro próprio, e um segundo piloto, um jovem promissor de quem muitos ainda ouviriam falar.

2 comentários:

Felipão disse...

Frank é um vitorioso...

Só pelo tanto de coisa que jpa aconteceu e estarmos ainda em 1971...

Continuo acompanhando atentamente

Unknown disse...

http://feeds.delicious.com/v2/rss/lynwilliams/Williams.30.anos

Feed e chassis a gente faz em casa!

Postar um comentário

  ©GP Séries - GO Williams GO! - Todos os direitos reservados.

Template by Dicas Blogger | Topo